Curso Mapeamento Mental de Textos

Métodos e técnicas para converter textos discursivos em mapas mentais com mais produtividade e conforto.

Há padrões de trechos de textos que podem ser rapidamente convertidos em um “galho” de um mapa mental. Este módulo trabalha um desses padrões, a enumeração, que ocorre o suficiente para nos motivar a dedicar especial atenção a ela.

Você vai aprender a fazer o seguinte:

  • Reconhecer uma enumeração no texto e convertê-la para mapa mental.
  • Reconhecer detalhes de enumerações.
  • Reconhecer e trabalhar variações da forma com que enumerações aparecem no texto.
  • Levar o texto de enumerações em arquivo para um mapa mental.

Lição 1: Enumerações

Textos são sequenciais e a estrutura das ideias nele contidas não fica explícita, mas há padrões que nos permitem reconhecer rapidamente algumas estruturas. Um desses padrões é a enumeração.

Nesta lição você vai aprender o que são enumerações, como reconhecê-las no texto e como convertê-las para mapa mental imediatamente.

Lição 2: Detalhamentos de enumerações

Uma enumeração em um texto muitas vezes tem detalhes, que entram como subtópicos nos tópicos de um mapa mental correspondentes aos itens de uma enumeração.

Nesta lição você vai aprender a reconhecer esses detalhes.

Imóveis têm plantas, territórios têm mapas; como faríamos sem plantas e mapas? Como passar sem uma “vista aérea” e sem modelos visuais de estrutura?

Já textos discursivos ou em prosa têm... o quê? Às vezes têm sumários ou outra indicação de estrutura, mas muitos vêm sem qualquer tipo de mapa. E mesmo certos textos semiestruturados, como leis, podem ter mínima indicação de estrutura. Dispor de esquemas e mapas mentais de tais textos torna-se então vital para o entendimento e a produtividade do estudo.

Mas você já tentou mapear um texto discursivo? Já perdi a conta de quantas vezes fiz isso, e posso afirmar: alguns serão fáceis e o trabalho fluirá como gostamos, mas outros serão exasperantes!

Torna-se então fundamental dispormos de opções para melhorar a experiência de mapeamento de textos, facilitando e acelerando a dedicação. Este treinamento é exatamente para essa finalidade. E o principal conteúdo que você aprende é, ao observar um texto, enxergar a estrutura de ideias, ao invés de parágrafos e palavras em sequência. Elaborar mapas mentais do discurso, incluindo a fala, de fato é uma das melhores aplicações de mapas mentais. Mas há uma pergunta muito importante relacionada a essa atividade:

Como fazer um mapa mental de um ou mais textos discursivos?

Na nossa experiência, a fluidez dessa atividade depende de alguns fatores.

Primeiro, seu conhecimento do assunto. Quanto menor, mais você vai ter que se dedicar para entendê-lo e assim extrair sua estrutura.

Segundo, a organização semântica da obra, isto é, como as ideias e suas relações são apresentadas. Você pode intuir a qualidade dessa organização: ao ler, quanto mais claramente você entender, melhor a organização; quanto mais confuso você se sentir, pior a organização.

Em geral, uma obra bem organizada tem tabelas, diagramas e infográficos que permitem ao leitor visualizar mais facilmente a organização das ideias.

Terceiro, a formatação. Há obras nas quais o autor destaca termos estruturais, seja espacialmente, seja com itálico ou negrito. Parágrafos costumam ter uma ideia central, que pode vir também destacada.

No entanto, já vimos obras técnicas cuja única divisão é em capítulos; não há qualquer destaque nem seção ou lista que facilitem ao leitor identificar o que é estrutural e o que é detalhe, o que é mais importante e o que é secundário, o que é central e o que é colateral.

E ainda tem o estilo do autor. Quando este adota um estilo informal, por vezes divagando, saindo do “trilho técnico”, a quantidade de conteúdo não relevante para quem está fazendo um mapa mental aumenta, e muito mais deve ser lido e avaliado sem aproveitamento.

A essência deste treinamento é como elaborar um mapa mental de uma ou mais fontes discursivas escritas, navegando com mais produtividade em um oceano de liberdade linguística.

A abordagem

Idealmente, haveria um processo completo, um “caminho das pedras” que pudéssemos seguir. Mas, dada a variedade e diversidade das fontes, isso não parece possível. O que fazer então? Diante da provável inviabilidade de um processo completo, nossa abordagem então se voltou para a busca de opções mais específicas.

Por exemplo, trabalhamos a ideia de enumeração: como reconhecê-la rapidamente em um texto e como levá-la produtivamente para um mapa mental. Uma enumeração é um tipo de “galho de ideias”, e vários tipos desses galhos são trabalhados no treinamento. Cada galho constitui um do tipo de filtro perceptivo: sua percepção será configurada com os conhecimentos para destacar esses padrões.

ENXERGAR ESTRUTURA -> PRODUTIVIDADE++

Cada filtro é uma espécie de ferramenta, e o conjunto de ferramentas é guardado metaforicamente em uma caixa de ferramentas. A finalidade geral do treinamento é exatamente fornecer ferramentas para sua caixa de ferramentas de mapeamento mental de textos discursivos.

Quando fazemos algo novo ou com elementos novos, um risco permanente é em algum momento ficarmos sem saber o que fazer a seguir. O treinamento também inclui ferramentas para esses momentos de bloqueio.

A forma de representar texto em um mapa mental é diferente do discurso textual: usamos muito menos termos meramente sintáticos, como artigos e preposições, além de pouca pontuação. Também podemos ter limites de espaço, e convém representar cada conceito, cada ideia, cada termo usando a menor quantidade possível de palavras e letras, sem prejudicar a representatividade. Oferecemos então para sua caixa de ferramentas opções para redução de texto.

Mapas mentais para uso profissional são tipicamente feitos em software. Quando a fonte é digital, surge a oportunidade de aumentar a produtividade migrando o texto do aplicativo da fonte para o de mapas mentais. Outro tipo de ferramenta envolve assim soluções de software.

Em um sentido, a abordagem de caixa de ferramentas é mais adequada do que a de processo de trabalho. Considere um prestador de serviços domésticos, tipo “marido de aluguel”. Quando é chamado para um serviço, ele tem uma ideia genérica sobre o que vai fazer mas não sabe direito como. O que ele faz é levar a caixa de ferramentas e, quando aprofundar no serviço é que ele vai montar um plano de ação e escolher qual ferramenta é mais apropriada.

Ao mapearmos textos, experimentamos algo parecido: quando começamos, não sabemos com clareza de que vamos precisar, escolheremos as ferramentas à medida que avançarmos. E, por mais que planejemos, os imprevistos nos rondam todo o tempo, e a qualquer momento poderemos ter que ajustar os planos. Essa é a dinâmica do processo, e planos padronizados dificilmente se encaixam perfeitamente no próximo serviço.

Sobre esquemas - O que se aplica a mapas mentais se aplica a esquemas, por que ambos têm a mesma estrutura e o enfoque aqui é estrutural. Na verdade, um esquema pode ser visto como um mapa mental “pelado”, sem figuras e formatação; um mapa mental é como um esquema formatado e ilustrado. Em outras palavras, ambos compartilham um mesmo conteúdo com a mesma estrutura, e tudo que se refere a um nesse nível pode ser usado também no outro. Nossa preferência aqui é pelo mapa mental, por razões estéticas, de legibilidade e também pela maior facilidade de confecção e alteração; a aplicabilidade das ferramentas não muda.

Para finalizar, nós valorizamos muito os feedbacks. Quando positivos, nos mostram que estamos no caminho certo e estimulam. Caso contrário, nos proporcionam referências para ajustar a direção. Por isso, agradecemos muito os retornos que você puder fornecer sobre a sua experiência com este treinamento.

Virgílio Vasconcelos Vilela, MSc.

www.virgiliovvilela.com.br

virgiliovvilela@gmail.com

Experiência em elaborar mapas mentais em geral.

Domínio básico de um aplicativo de mapas mentais.

Desejável: tentativas e dificuldades na elaboração de mapas mentais de textos.

Este autotreinamento foi elaborado segundo a metodologia de ensino Didática de Resultados, o que tem várias implicações.

Primeiro, o ensino deve ser voltado para o aproveitamento, isto é, o aluno deve aprender a fazer coisas úteis, relevantes, que pode aplicar em sua vida. Assim, cada lição lhe ensinará algo que expandirá sua capacidade de mapear textos em algum aspecto.

Segundo, o professor é o responsável pelo planejamento do aprendizado do aluno. Desta forma, o professor deve prover as atividades para o aluno dominar o conteúdo. Rigorosamente falando, você não deveria precisar de novas atividades, embora, claro, você tenha total liberdade de fazer isso.

Terceiro, aprender é um efeito de fazer. Isto significa que o aluno não deve tentar aprender, simplesmente ele deve fazer atividades que resultem no aprendizado. Como em qualquer habilidade, você pratica, gerando experiências, que serão subconscientemente consolidadas em capacidade de fazer.

Em síntese, o que você deve fazer no treinamento é simplesmente seguir as lições e executar as atividades propostas na ordem em que aparecem. Nesse processo, sugerimos que você não se dedique demais em cada sessão; faça um intervalo entre lições, desconecte-se do que fez fazendo outra coisa, e deixe que seu subconsciente processe as experiências recentes.